quinta-feira, 3 de março de 2011

dor e cores


Precipitei com o olhar a chuva. Ela ia com o vento a lamber meu rosto. E no fim, um arco-íris surgiu no canto de meus lábios.


Pude ver o quão impossível é ressequir o úmido da dor, mas que, provavelmente, no fim dela exista algo interessante e doce a esperar. Sim, pois não haveria a beleza de tais cores a enfeitar o céu caso não houvesse partículas lacrimosas de cristais.
Se há cores é porque também houve dores. Deve isso ser algum traço inerente ao humano. No entanto, pressinto uma leve beleza de alma nos que choram e, audaciosamente, permite-lhes brotar um sorriso.

Não seria a felicidade euforia alguma. Apesar da explosão de cores, o arco-íris é sereno. Seria então um momento de calma e bem estar após qualquer tempestade. E a verdadeira felicidade vale a dor!

Nesse caso, poderia fazer uma adaptação de uma célebre frase do grande poeta Fernando Pessoa, dizendo, “A lágrima vale a pena quando a alma não é pequena”.

Preciso segredar-lhes algo. Há, todos os dias, um arco-íris em mim!

3 comentários:

  1. Odoei Kris, adorei mesmo
    ate copiei aki

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  2. lindos devaneios de cores diferentes. cores que me lembram sabores, amarga tristeza e doce felicidade, um não vive sem o outro. sabias palavras :)

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